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Sediada em Indaiatuba, marca de bicicleta Monark nega vínculo com Youtuber Monark após polêmica

Empresa que tem o mesmo nome de como ex-apresentador do Flow é chamado afirmou que repudia ‘qualquer manifestação que possa prejudicar um grupo social’. Monark foi criticado e desligado do programa após defender criação de partido nazista.

A fabricante de bicicletas Monark, com sede em Indaiatuba, divulgou uma nota para negar a relação dela com o podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark, após a repercussão negativa de declarações dele em que defende a criação de um partido nazista. A manifestação aconteceu na segunda-feira (7) em um episódio do Flow Podcast, o qual ele apresentava e era sócio.

Na nota publicada em seu site oficial, a montadora de bicicletas, além de negar o vínculo com o youtuber, afirma que repudia qualquer manifestação de racismo ou que possa prejudicar algum grupo social.

“Informamos que não temos nenhum tipo de vínculo com o youtuber apelidado de Monark sem nenhuma autorização da nossa companhia. Repudiamos veementemente qualquer manifestação de racismo ou conduta que possa prejudicar qualquer pessoa ou grupo social”, diz o texto da nota da empresa.

Monark foi muito criticado por um comentário que dizia que “deveria existir um partido nazista reconhecido por lei” na edição da segunda-feira (7) do podcast, da qual participavam os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB). Na terça-feira (8), ele pediu desculpas e disse que estava bêbado. No mesmo dia, ele foi desligado do Flow Podcast.

Entidades judaicas criticaram a fala do apresentador e o caso repercutiu em Portugal, onde o influenciador fez sucesso com vídeos de Minecraft no começo da carreira. Monark pode ter que pagar indenização e pode até ser preso por apologia ao nazismo. O TJ-RJ deu 48 horas para que o Flow Podcast retire de todas as suas redes sociais o episódio com declarações nazistas do influenciador sob multa de R$ 10 mil por dia.

Criado por Monark e por Igor Coelho (Igor 3K), o Flow é um dos podcasts com maior audiência do Brasil e tem 3,6 milhões de inscritos só no YouTube. O podcast já perdeu patrocinadores, e, em 2021, Monark foi muito criticado após ter questionado no Twitter se “ter opinião racista é crime”.

Na segunda, Monark disse: “A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”.

Tabata rebateu o comentário e falou que a “liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro”. “O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, afirmou a parlamentar.

Monark afirmou que está sofrendo “um linchamento desumano” e que nunca apoiou a ideologia nazista que, segundo ele, considera “repugnante”. Em uma rede social, ele novamente pediu desculpas, dizendo que “errou feio”.

Um dia depois da repercussão negativa das falas, o podcaster publicou um vídeo de oito minutos dizendo que elas foram tiradas de contexto e que ele considera o nazismo abominável.

Monark argumentou no vídeo que defende a liberdade de expressão para “saber quem é idiota para que a gente possa ou educar essa pessoa, se for possível afastar essa pessoa e, se ela estiver cometendo um crime, punir essa pessoa”. “É muito mais fácil descobrir quem ela é se a gente deixa ela falar”, argumentou. Ele também se disse vítima da “cultura do cancelamento”. Veja o vídeo.

Mais tarde, o apresentador publicou um novo vídeo dizendo que tinha errado e pediu desculpas (veja abaixo). Monark afirmou que estava bêbado durante o programa e pediu compreensão.

 

Com informações EPTV/G1