História teve início em 1999 e foi celebrada junto com diretores e funcionários em ação inédita
Por Grupo Mais Expressão
Fundada em 1956 por Joseph J. Prischak, a Plastek Group tem sede em Erie, na Pensilvânia, e é uma fabricante de classe mundial de embalagens plásticas para os setores de cuidados pessoais, beleza, cuidados domésticos, farmacêutico e de embalagens de alimentos e bebidas. Além da sede corporativa em Erie, a empresa conta com fábricas em Mansfield, no Reino Unido, Querétaro, no México, e em Indaiatuba, onde a unidade celebra seus 25 anos de existência.
A Plastek é especializada em design industrial, desenvolvimento de produtos e embalagens, design e construção de moldes, moldagem por injeção, injeção-sopro e injeção-sopro com estiramento, além de montagem e decoração de valor agregado.
Em Indaiatuba, a Plastek conta atualmente com 466 colaboradores, alguns deles integrantes desta história há 25 anos. Este é o caso do engenheiro químico Carlos Henrique Massarotto, Vice-Presidente de Operações e funcionário número 001 da Plastek em Indaiatuba, que falou com o Grupo Mais Expressão sobre os 25 anos da empresa.
Indaiatuba foi escolhida pelo grupo para abrigar a fábrica da Plastek no Brasil. Quais motivos foram determinantes para esta escolha? E como foram estes 25 anos de parceria entre município e Plastek?
Carlos – A proximidade com nossos clientes, em especial do primeiro cliente, e a oportunidade encontrada nesta propriedade, sua localização e vias de acesso facilmente disponíveis, com a proximidade do Aeroporto Internacional de Viracopos. Além de alguns incentivos oferecidos pela cidade na época, estes foram os principais fatores que nos trouxeram até aqui. Nesta nossa parceria com Indaiatuba, um ponto bem importante foi a desburocratização de todo processo de registros, obtenções de licenças, sempre dentro dos trâmites legais, o que nos permitiu erguer a Plastek em nove meses, o que seria difícil acontecer para uma fábrica deste porte. Mais recentemente, tivemos contato com a Prefeitura para trazer água encanada para a região e alternativas para melhorias no abastecimento de energia de alta tensão.
Nestes 25 anos – 65 de empresa – o mercado de fabricação de moldes e plásticos mudou bastante, com o advento de novas tecnologias e exigências do mercado. Como a Plastek manteve-se atualizada e à frente do que seus clientes esperam?
Carlos – A tecnologia avançou muito nestes 25 anos e no que diz respeito a tecnologia de moldes, de injeção de plástico e máquinas injetoras, temos uma preocupação bastante grande em treinar nossos funcionários. No início, mandamos um grupo grande para os Estados Unidos para receber treinamento com ferramenteiros e técnicos de injeção de plástico. Os moldes se tornaram maiores, ciclos de produção se tornaram menores e temos que agilizar a entrega do produto. Diante disso temos procurado trabalhar bastante na agilidade para obtenção das primeiras amostras. As exigências por qualidade também aumentaram bastante e isso faz com que trabalhemos com injetoras de alta precisão, materiais bem homologados e processos controlados para garantir o nível de qualidade requerido pelos nossos clientes. A régua vem subindo anos após ano.
A preocupação com o meio ambiente leva muitos consumidores a buscarem empresas ecologicamente corretas. Como a Plastek observa esta preocupação e se prepara para ela?
Carlos – Esta preocupação veio para ficar. No Brasil, ainda existe muita preocupação com o peso de plástico na embalagem, embora lá fora haja uma evolução nisso e as pessoas e empresas se preocupem também com os materiais utilizados. Hoje as demandas são para tampas e embalagens mais leves, com menos plástico, entre outras. Temos uma equipe de desenvolvimento de engenharia trabalhando em materiais alternativos para avançarmos nesta direção. Também nos preocupamos com nossos rejeitos e procuramos reprocessar e utilizar materiais que possam ser reutilizados em produtos que aceitem isso. Garantir que seja dado o destino correto é uma preocupação constante. Temos nossa ISO 14001 desde 2008, que homologa todo este cuidado, com auditorias anuais. Através do ProAC (Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo), trabalhamos com escolas e centros educacionais com crianças e adolescentes voltados aos cuidados com meio ambiente.
Nestes 25 anos, muitos profissionais já passaram ou se mantém na Plastek em Indaiatuba, colaborando para o sucesso da empresa no Brasil. Como é o relacionamento do grupo com seus funcionários? Existe um plano de carreira estabelecido?
Carlos – Sim, essa é uma preocupação bastante grande. Nos orgulhamos de manter aqui uma equipe que já está conosco há anos, muitos deles desde o começo. Além disso, o relacionamento interno entre os departamentos colabora para tornar o ambiente de trabalho mais leve. Nossa equipe de Recursos Humanos tem a preocupação de buscar desenvolvimentos profissionais e analisar os pontos de possível melhoria destes funcionários, oferecendo treinamentos para que eles se mantenham motivados. Estes são alguns valores de nosso fundador, Joseph J. Prischak, que faleceu há dois anos, mas deixou este legado.
Quando tratamos de embalagens, o controle de qualidade é essencial para garantir o acondicionamento correto de qualquer produto, seja qual for a finalidade. Como a Plastek atua neste controle de qualidade?
Carlos – Temos a qualidade da fábrica em si, analisando o dia a dia da produção. Também temos o que chamamos de garantia da qualidade, que faz auditorias em todos os nossos processos e produtos além de um programa que visa aprimorar nossos procedimentos internos para garantir que os mesmos sejam seguidos e especificações sejam observadas buscando a melhoria contínua. Dentro de nosso sistema também temos o controle da rastreabilidade dos produtos, ou seja, quando acontece algo, conseguimos voltar desde o início para identificar onde foi que o problema aconteceu para resolvê-lo imediatamente. Além disso, somos certificados com a ISO 22000, que é uma norma específica para regular a produção de embalagem de alimentos.
Já se foram 25 anos de Plastek em Indaiatuba. Quais são os planos para os próximos 25 anos?
Carlos – Falar que queremos crescer e sermos lucrativos, é chover no molhado. Obviamente temos planos de crescimento e a Plastek do Brasil representa um bom percentual do grupo, que sempre acreditou muito no potencial do Brasil e da região. Então temos metas de crescimento, seja através de inovação, crescimento orgânico ou de desenvolvimento de novos segmentos. É claro que tudo isso passa por acomodar todo este crescimento dentro deste espaço ou em outra localidade. A Plastek hoje está muito forte em busca deste crescimento e de nossas metas, visando novos mercados, o que é muito importante para os negócios no Brasil hoje. Para tanto, estamos sempre buscando equipamentos mais modernos e de última geração, além da busca para sempre agregarmos mais automação aos nossos processos, provocando menos variabilidade. Isso é fundamental.
Como foi a comemoração dos 25 anos da Plastek em Indaiatuba?
Carlos – Foi muito legal. Quando começamos a idealizar esta data, que não poderia passar em branco, obviamente que pensamos em convidar membros da presidência e diretoria nos Estados Unidos e para a nossa surpresa, eles transferiram uma reunião, que acontece trimestralmente com todo board e conselheiros, para o Brasil. Então fizemos dois eventos importantes, um com nosso board, diretoria e gerência, e outro com os funcionários que estão aqui desde 1999/2000, além de parceiros do projeto da construção e início da empresa no Brasil. Foi especialmente nostálgico.
Internamente também tivemos uma série de eventos junto aos nossos funcionários, com, por exemplo um museu com exibição de fotos de momentos importantes da nossa a história e primeiras peças injetadas, gincanas, concursos de desenho infantil e a realização de um projeto que foi a cereja do bolo: A realização de 25 Sonhos de nossos funcionários. Pedimos para que os funcionários escrevessem qual era o sonho da vida deles. Tivemos 249 participantes, fizemos um grupo para avaliar e elegemos os 25 sonhos que gostaríamos que fossem realizados. Nosso presidente era assim e a Plastek Brasil era o seu sonho. Então porque não fazer acontecer outros 25 sonhos? Foi muito emocionante e ao final 25 de nossos funcionários terão seus sonhos descritos realizados.